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O tarô é amplamente reconhecido como um instrumento de adivinhação, usado para buscar respostas sobre o futuro, orientações pessoais e insights espirituais. Apesar de parecer inofensivo para muitos, sua prática e simbologia possuem raízes que conflitam diretamente com os ensinamentos bíblicos. Para o cristão, é essencial compreender não apenas a origem do tarô, mas também suas implicações espirituais, à luz da Palavra de Deus.

Origem e Evolução do Tarô

Embora o tarô tenha surgido na Europa medieval como um jogo de cartas, ele foi rapidamente absorvido por tradições esotéricas. No século XVIII, ocultistas europeus começaram a atribuir significados espirituais às cartas, associando-as a práticas místicas e à cabala. Alguns o conectam ao Egito antigo ou ao misticismo oriental, mas essas associações são altamente especulativas. O que é certo, no entanto, é que ele foi apropriado por correntes ocultistas, sendo usado para acessar o que os praticantes acreditam ser “energias espirituais” ou “sabedoria universal”.

Biblicamente, qualquer prática que busque acessar poderes espirituais fora de Deus tem uma origem clara: as trevas. Jesus afirmou:

“Quem não está comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Lucas 11:23, NAA)

Portanto, práticas que não glorificam a Deus servem, consciente ou inconscientemente, aos propósitos das trevas.

O que a Bíblia diz sobre adivinhação e práticas ocultas?

A prática do tarô se enquadra no que a Bíblia descreve como adivinhação ou “consultar espíritos”. Desde o Antigo Testamento, Deus deixou claro que tais práticas são abomináveis e contrárias à Sua vontade:

“Não se achará entre vocês quem pratique adivinhação, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro […] pois todo aquele que faz essas coisas é abominável ao Senhor.” (Deuteronômio 18:10-12, NAA)

Essas práticas são uma tentativa de obter conhecimento espiritual ou direcionamento por meios que ignoram a soberania de Deus e abrem portas para influências demoníacas. No Novo Testamento, vemos um exemplo disso em Atos 16:16-18, quando Paulo repreendeu uma jovem que possuía um espírito de adivinhação:

“Ela seguia Paulo e a nós, gritando: ‘Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam a vocês o caminho da salvação.’ Isso se repetiu por muitos dias. Então Paulo, já indignado, voltou-se e disse ao espírito: ‘Em nome de Jesus Cristo, eu lhe ordeno que saia dela!’ E na mesma hora ele saiu.”

A passagem deixa claro que a adivinhação, mesmo quando parece benigna, está ligada a forças espirituais malignas.

A origem espiritual do tarô

O tarô não é neutro. Ele está ligado diretamente ao ocultismo, que busca desvendar segredos espirituais sem a revelação de Deus. O apóstolo Paulo nos alerta sobre o perigo de abrir espaço para essas forças:

“Mas o Espírito diz claramente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.” (1 Timóteo 4:1, NAA)

A tentativa de adivinhação por meio do tarô é uma afronta à soberania de Deus. Ela sugere que o homem pode acessar sabedoria e poder sem depender do Criador. Porém, a única fonte de conhecimento verdadeiro sobre o futuro é o próprio Deus:

“Desde o princípio anuncio o que há de acontecer e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; digo: ‘O meu propósito permanecerá de pé, e farei toda a minha vontade.'” (Isaías 46:10, NAA)

Implicações espirituais para o cristão

  1. Abertura para as trevas
    Ao buscar o tarô, a pessoa se expõe ao domínio das trevas, abrindo sua vida para influências demoníacas. Isso pode incluir confusão, medo, opressão espiritual e afastamento de Deus. O apóstolo Paulo nos lembra:

“Porque a nossa luta não é contra sangue e carne, mas contra os principados, contra as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” (Efésios 6:12, NAA)

  1. Rebeldia contra Deus
    Praticar ou buscar orientação por meio do tarô é um ato de rebeldia contra Deus. É confiar em algo ou alguém além do Senhor, o que configura idolatria. Em 1 Samuel 15:23, somos advertidos:

“Porque a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a obstinação é como o culto a ídolos.”

  1. Desvia o foco da verdadeira fonte de sabedoria
    Jesus é a fonte de toda a verdade e sabedoria (João 14:6). Quando buscamos orientação em práticas ocultas, negamos o papel de Cristo como nosso guia e Senhor. Tiago nos exorta:

“Se, porém, algum de vocês necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá com generosidade e sem reprovação, e ela lhe será concedida.” (Tiago 1:5, NAA)

Por que o tarô é espiritualmente perigoso?

O tarô não é apenas um “jogo de cartas”. Ele carrega símbolos e práticas que foram dedicados ao ocultismo. Seus praticantes frequentemente invocam “espíritos” ou energias para interpretar as cartas, o que os coloca em contato direto com forças demoníacas. Satanás se disfarça de “anjo de luz” (2 Coríntios 11:14), e práticas aparentemente inofensivas podem ser usadas por ele para enganar e desviar as pessoas da verdade.

O chamado do cristão

Como seguidores de Cristo, somos chamados a viver em santidade e a nos afastar de tudo o que pertence às trevas. O apóstolo Pedro nos lembra:

“Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo.'” (1 Pedro 1:15-16, NAA)

Devemos renunciar qualquer envolvimento com práticas ocultas, incluindo o tarô, e buscar somente a Deus como fonte de direção, esperança e sabedoria.

Conclusão

O tarô é uma prática que encontra sua origem e propósito nas trevas. Ele é incompatível com a fé cristã e representa uma afronta ao Senhor, o único Deus verdadeiro. A Bíblia nos exorta a rejeitar tais práticas e a confiar plenamente em Deus, que nos ama, nos guia e nos protege.

Se você, ou alguém que você conhece, está envolvido com o tarô, é tempo de arrependimento. Reconheça que essas práticas desonram a Deus e confesse seus pecados. Deus é fiel e justo para perdoar e trazer restauração:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9, NAA)

Confie no Senhor, que é suficiente para guiar sua vida, e rejeite tudo o que não provém d’Ele.

 


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