O homem é o único ser que carrega em si uma vida física e outra espiritual. A dimensão espiritual o aproxima do Criador; essa comunhão enche sua existência de esperança, amor, submissão e uma série de qualidades que, juntas, conferem ao servo uma vida equilibrada e cheia do Espírito Santo. O amparo concedido por Deus faz com que ele enfrente as dificuldades com uma perspectiva de vitória contínua. A vida é completa!
A opção de servir a Deus é uma escolha pessoal. Despertada no coração pelo Espírito de Deus, cabe ao homem dar atenção e prosseguir no novo caminho ou não. Infelizmente, uma grande maioria da população não atende a esse chamado, e a consequência é um sentimento de vazio e desesperança constante. Essa sensação abrange todos os níveis sociais, indistintamente.
O diabo, sempre astuto e hábil, não perde a oportunidade de expor seu poder aos quatro cantos da terra. Ele se mostra vivo e atuante, revestido de grande autoridade. Há dois mil anos, Paulo lança um alerta e descreve a futura manifestação do inimigo como “anjo de luz e ministro de justiça” (2Co 11.14,15). Oh, graças! A palavra de Deus se cumpre integralmente. É notório o agir do maligno nos dias atuais; ele se apresenta como um verdadeiro “anjo de luz”, pregando o amor ao próximo, a necessidade de ser bom, a sinceridade, curas, dons e outras qualidades de uma pessoa digna! Seus “cavalos” (discípulos), incontestáveis “ministros de justiça”, preocupam-se com o bem-estar da humanidade, praticando a caridade e clamando por justiça social. Existem milhares de religiões e filosofias, algumas milenares e outras relativamente novas, cada uma com um enfoque diferente (fé, científica etc.), mas todas convergindo em uma só realidade: contrárias aos princípios bíblicos.
Nesta mensagem, o foco está sobre as RUNAS. Embora não tenham a aparência de uma religião, são uma prática altamente espiritualizada, ligada a várias divindades que fornecem meios para revelar realidades invisíveis, misteriosas e secretas. Este oráculo possibilita o aprofundamento do autoconhecimento, aumentando o nível de consciência.
Origem das Runas:
Contam as lendas vikings (um grande povo conquistador da antiguidade cujos domínios se estendiam por todo o norte da Europa, especialmente nas regiões onde hoje estão localizados os países nórdicos – Noruega, Dinamarca e Finlândia) que os deuses moravam em Asgard, um lugar localizado no centro do mundo. Lá crescia a “Árvore do Mundo” ou Yggdrasil, cujas raízes desconhecidas serviam de comunicação entre o planeta que habitamos e o Éden. As runas estão miticamente associadas ao deus nórdico Odin, que adquiriu todo o conhecimento secreto através do seu ato de autossacrifício, ao ficar pendurado por nove dias e nove noites na “Árvore do Mundo”. O número nove é um número lunar que representa as três fases da lua (crescente, cheia e minguante) multiplicadas por si mesmas. O sacrifício de Odin trouxe à humanidade essa antiga escrita alfabética, cujas letras possuíam nomes e sons significativos, mas que jamais se tornaram uma língua falada. Dessa maneira, a letra rúnica ou “runastafr” tornou-se enriquecida de intuições, de acordo com o talento do praticante de “runemal”, a pessoa que domina a arte deste oráculo. O alfabeto rúnico consiste em 24 letras grafadas e uma em branco, conhecidas como ‘Futhark’, que foram extraídas dos símbolos das seis primeiras runas: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raido e Kano. O “Futhark” foi dividido em três grupos conhecidos como ‘Aettir’, que receberam os nomes de três deuses nórdicos.
As runas estão ligadas a várias divindades vikings: Odin, deus da morte, da sabedoria e da magia; Frigg, deusa-mãe e mulher de Odin; Thor, deus do trovão e inimigo dos gigantes; Njord, deus do mar, da pesca e da prosperidade; Frey, deus da fertilidade e da boa fortuna, filho de Njord; Freya, deusa do amor e da beleza, irmã de Frey; Heimdall, guardião dos deuses; Baldur, o deus mais jovem, do sol e do verão, filho de Frigg e Odin; e as Nornes, três deusas que guardavam a “Árvore do Mundo”: Urd, que era muito velha e vivia olhando para o passado; Verdandi, que era uma jovem que sempre olhava para o presente; e Skuld, que vivia encapuzada e possuía um pergaminho fechado contendo os segredos do futuro.
Com o passar do tempo e o crescimento do cristianismo, as runas caíram no esquecimento por mais de trezentos anos. Atualmente, a tradição do “runemal” renasce, transformando-se em um dos métodos oraculares mais famosos no Ocidente. Lembrando que as runas são um oráculo e, como tal, não fornecem previsões sobre o futuro; elas não isentam o indivíduo da responsabilidade de escolher seu próprio destino, pois ele possui um poder maior: o livre-arbítrio. As runas chamam a atenção para as forças e motivações ocultas que já se encontram no momento presente, embora ainda sejam “misteriosas” para você. O crescimento contínuo do materialismo e da tecnologia está despertando, no “mundo”, o sentimento de resgate das coisas sagradas e do “oculto”. As runas agem como mensageiras, facilitando nosso autoconhecimento e cultivando uma espiritualidade maior que nos liga ao universo e ao verdadeiro propósito de nossa jornada: a felicidade.
Esta é uma exposição resumida sobre as runas e é suficiente para entendermos que se trata de uma prática anticristã.
O verdadeiro servo de Deus precisa estar atento e não se deixar guiar por práticas das trevas. Ouvir e praticar esses costumes é abrir brechas na vida, que serão utilizadas pelo diabo para oprimir, com autoridade, o povo escolhido. Nosso testemunho precisa ser visto e expresso não apenas no comportamento, mas em todas as áreas da vida. Portanto, é inconcebível que, após a leitura desta mensagem, esses ensinamentos não sejam assimilados.
O diabo oferece ao homem uma grande variedade de caminhos; é possível encontrar filosofias e religiões que agradam a todos os gostos, desde rituais simplíssimos até a complexidade de religiões seculares.
Os servos do Senhor Jesus precisam estar atentos e vigilantes para não se deixarem enganar pelo inimigo das almas em suas muitas manifestações.
Pr. Elias Rios
Fonte: Sites esotéricos