O adultério é expressamente proibido no sétimo mandamento: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14 e Deuteronômio 5:18). Mas o que é, de fato, o adultério? A definição é clara: “Infidelidade conjugal; amantismo; prevaricação.”

O diabo tem investido alto na grande missão de tornar o adultério algo comum, normal e aceitável por todos. Veja, por exemplo, os filmes, programas e, em especial, as novelas nacionais; o adultério está sempre presente, transmitindo uma imagem de correção ou de solução para problemas conjugais. A forma como as cenas são apresentadas induz os telespectadores a aceitar e a torcer pelo casal adúltero. É o diabo plantando no subconsciente coletivo a ideia dessa prática. É lamentável, mas ele tem sido muito bem-sucedido em suas investidas.

No meio cristão, o adultério tem encontrado lugar. Não é raro surgirem comentários estarrecedores sobre essa prática em igrejas, abalando a boa moral da obra do Senhor. O que leva um servo do Senhor a cair em tais situações? A resposta mais adequada seria: “Falta de vigilância!”

O Senhor nos alerta a estarmos vigilantes: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41). O diabo está muito próximo: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8). Ele é ávido por brechas através das quais pode acessar o homem e influenciá-lo a agir segundo a carne. O adultério tem sua principal causa na falta de vigilância; o pecado abre espaço para a ação maligna na vida.

Há inúmeros fatores que facilitam ao cônjuge permitir que pensamentos impuros surjam em suas mentes. Quando alimentados, esses pensamentos podem levar à ação. Enumero alguns deles:

Más companhias:

“Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!” (Salmos 1:1, NTLH). É preciso saber escolher as pessoas com quem vamos construir amizades. Jamais devemos criar laços de amizade com pessoas que são reconhecidamente indignas e que vivem segundo os impulsos deste mundo pervertido. Há um provérbio popular que expressa grande sabedoria: “Diga-me com quem andas e direi quem és!” Quem são seus amigos? Companheiros? Confidentes? Conselheiros? Orientadores? Devemos possuir a mente de Cristo, e apenas aqueles cheios do Espírito Santo têm essa mente e estão aptos a ser o nosso próximo, muito próximos. É necessário que haja limites e discernimento em nossas ações.

Concupiscência dos olhos:

“Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração” (Mateus 5:28, NTLH). O Senhor Jesus, falando às multidões, faz referência ao adultério e foi taxativo ao afirmar: “Quem olhar para uma mulher (ou homem) com desejo sexual já adulterou com ela (ou ele).” Esse texto se aplica com o mesmo valor às mulheres.

Amados de Deus, se você não tem estrutura suficiente para resistir aos desejos que surgem no interior, a melhor solução é evitar frequentar determinados locais (praias, piscinas, etc.). Jesus completa dizendo: “Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno” (Mateus 5:29, NTLH). Na verdade, o Senhor não quer que você extirpe o olho, mas que saiba usá-lo, que não se torne um instrumento de pecado. Se você não tem força suficiente, evite!

Falta de sabedoria do cônjuge:

“Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração. Mas depois devem voltar a ter relações, a fim de não caírem nas tentações de Satanás por não poderem se dominar” (1 Coríntios 7:5, NTLH). O sexo é uma prática que deve ser normal no seio do casamento; sua ausência por algum tempo necessita do consentimento do cônjuge. Infelizmente, a falta de sabedoria tem encontrado lugar em muitas vidas, e regras quanto à frequência das relações sexuais são inventadas e determinadas como leis. A consequência é o surgimento de intrigas, que abrem brechas para a ação do maligno, que possui em suas mãos todo um universo de sexo a oferecer. Irmãos queridos, ouçam as palavras ungidas do apóstolo Paulo e deixem que o óleo do Espírito Santo seja derramado sobre suas vidas.

A palavra “adultério” é usada também, figurativamente, para expressar a infidelidade do povo eleito em relação a Deus. A prática do sexo é restrita aos casais casados. Os solteiros que mantêm uma vida sexual ativa estão em pecado e são destituídos da glória do Senhor.

O mandamento do Senhor para conosco é que sejamos santos! Firmes! “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efésios 6:13), o suficiente para não sermos abalados por nada que se levante contra a vida enquanto passamos por esta terra. Os costumes comuns aos filhos dos homens jamais devem encontrar lugar na vida dos filhos de Deus.

“Em todas essas situações temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:37-39).

Pr. Elias Rios