A sociedade é bombardeada diariamente por intensas campanhas publicitárias que visam aumentar o número de consumidores de bebidas alcoólicas. Os comerciais veiculados na TV transmitem a ideia de sucesso, pregando que a felicidade nos relacionamentos amorosos, interpessoais (com muitos amigos) e nas práticas esportivas é alcançada através do consumo de álcool, entre outras inverdades. É notório o êxito das campanhas promovidas pelos produtores de bebidas; o crescimento do número de consumidores é vertiginoso, inclusive entre adolescentes e jovens. O álcool é uma droga lícita (assim como o cigarro) e possui grande poder destrutivo. Os males produzidos pelo seu consumo vão desde a deterioração da saúde até a destruição da personalidade e da dignidade do ser humano.

Diante da constatação dos resultados negativos da ingestão de bebidas alcoólicas, pode-se concluir que essa prática é uma ideia concebida pelo diabo, com o intuito de aprisionar o homem ao pecado, destruindo sua dignidade e amor-próprio.

“… Só vem para roubar, matar e destruir…” (Jo 10.10a)

A mensagem principal do Senhor Jesus é a vida e sua preservação em santidade e pureza.

“… Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10.10b)

É comum encontrarmos, dentro das igrejas, vidas que anseiam por uma latinha de cerveja ou uma dose de whisky. Essas pessoas não vigiaram devidamente e foram influenciadas pela astuta mensagem do inimigo; preferem satisfazer a carne e sua “sede” a ouvir a voz do Espírito Santo, que misericordiosamente se materializa na instrumentalidade dos irmãos. A palavra dita por Deus a Ezequiel se aplica muito bem a elas:

“Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta.” (Ez 2:4,5)

O Senhor Deus também fala com profundidade em Sua Palavra sobre a ingestão de bebidas alcoólicas, desaconselhando seu consumo.

a) Proibida

Ef 5.18: “Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus.”
Lc 21.34: “E Jesus terminou, dizendo: —Fiquem alertas! Não deixem que as festas ou as bebedeiras…”

b) Obra da Carne

Gl 5.21: “invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas; a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”

c) Uma Vergonha, humilhação ao servo

Is 28.7: “Mas há outros que também andam tontos por terem bebido muito vinho, que não podem ficar de pé por causa das bebidas: são os sacerdotes e os profetas que vivem embriagados e tontos. Os profetas, quando recebem visões de Deus, estão bêbados, e os sacerdotes também, quando julgam os casos no tribunal. As suas mesas estão cobertas de vômito, não há um só lugar que esteja limpo.”
Pv 20.1: “Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio.”

d) É indecente ao servo

Rm 13.13: “Vivamos decentemente, como pessoas que vivem na luz do dia. Nada de farras ou bebedeiras…”

e) Destituídos do Reino de Deus

1Co 6.10: “os ladrões, os avarentos, os bêbados… não terão parte no Reino de Deus.”

f) Os beberrões não são companhias dignas

Pv 23.20: “Não ande com gente que bebe demais, nem com quem come demais.”

g) Serão castigados

Is 5.11: “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!”

Que me resta dizer? A Palavra do Senhor é clara e não deixa margem para dúvidas.

É pecado!

O consumo esporádico de vinho é correto?

O vinho era uma bebida tradicional na cultura dos judeus. Sua primeira menção faz referência a Noé (Gn 9.20-21). O próprio Jesus iniciou Seus milagres transformando água em vinho (Jo 2.1-11). Na primeira Ceia, o vinho representava o sangue de Cristo (Mt 26.27,29) e assim deve ser em nossos dias; infelizmente, muitos usam suco de uva para essa magnífica celebração.

O uso frequente do vinho pelos judeus antigos não nos habilita a imitá-los. Hoje, vivemos em uma cultura na qual o consumo de bebida alcoólica não é visto como edificante.

Acredito que a ingestão esporádica de vinho não seja pecado; porém, alguns aspectos precisam ser analisados, como conveniência, saúde e histórico familiar ligado ao alcoolismo.

Quando somos sensíveis ao Espírito Santo, Ele nos direciona, testificando em nosso coração a necessidade de tomarmos ou não vinho.

Esta atitude vai edificar a minha vida?
Vou edificar o próximo?
Qual a resposta?

Seja abençoado!

Pr. Elias Rios