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ARTES MARCIAIS E O CRENTE

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Reflexões sobre o cotidiano do servo, abordando os desafios dos últimos tempos e oferecendo orientações para resistir às artimanhas do inimigo e fortalecer a fé. 

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A Bíblia satânica
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A prática das artes marciais (karate, judô, kung fu, tai chi, taekwondo, etc.) é bastante comum no Brasil; de norte a sul, encontram-se academias oferecendo os mais diversos segmentos. Os praticantes contam-se aos milhares, sem obedecer a uma faixa etária pré-definida; é possível encontrar crianças de 5 anos ou até menos, assim como anciãos de 80. Os resultados físicos advindos da prática desses esportes são inquestionáveis.

Não existem registros escritos precisos sobre a origem das artes marciais, no entanto, acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil anos. Há indícios de que, nessa época, surgiu a primeira forma de luta organizada, chamada de Vajramushti, um sistema de combate dos guerreiros indianos. A história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do século VI, quando, no ano 520 d.C., um monge budista indiano chamado Bodhidharma – 28º patriarca do budismo e fundador do budismo zen – deixou seu país e partiu em uma longa jornada em busca da iluminação espiritual. Conhecido no Japão como Daruma, Bodhidharma viajou da Índia para a China, pernoitando nos templos que encontrava pelo caminho e pregando sua doutrina a monges e a quem quer que fosse. Depois de perambular por boa parte do território chinês, seu destino o conduziu ao Templo Shaolin, localizado na província de Henan. Diz a lenda que, ao entrar no velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos monges, resultado de sua inatividade. Foi então que ele iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo em que lhes transmitia os fundamentos da filosofia zen, com o objetivo de reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente. (Fonte: www.budokan.com.br)

As profundas ligações entre as artes marciais e as filosofias orientais são incontestáveis, evidentes nas reverências e nas atitudes dos seus praticantes. Não os condeno; afinal, a liberdade e o direito de culto, assim como a prática das mais diversas filosofias religiosas, estão assegurados na Constituição Federal. No entanto, vejo com profundas restrições a adesão dos cidadãos que professam a fé evangélica, pois a incompatibilidade com os princípios bíblicos é notória.

Mesmo vivendo em dias em que as igrejas estão cada vez mais permissivas e tendenciosas a copiar práticas comuns aos não evangélicos, é imperioso ouvir o Espírito Santo e que os corações sejam sensibilizados para a verdade da impossibilidade da modernização do evangelho; afinal, a palavra é imutável.

As diversas filosofias não devem encontrar lugar no coração do homem que procura santificar-se e ser instrumento nas mãos do Senhor Deus. É preciso que haja discernimento do Espírito, pois a vida que nos é proporcionada deve ser exclusivamente para a honra e glória do Eterno, e isso deve ser feito com todas as forças possíveis. Nessa visão, é necessário abrir mão de muitas atitudes que, à primeira vista, podem parecer normais e inofensivas à vida espiritual.

Ocasionalmente, recebo e-mails de pessoas que se dizem evangélicas, no afã de descaracterizar a condição filosófica das artes marciais, inclusive relatando sucessos na disseminação do evangelho por meio desse canal. Lamento, mas não consigo ver e não reconheço o mover de Deus através de meios claramente contrários a Seus princípios.

O que é mais importante: agradar a Deus ou satisfazer os anseios da própria vontade?

Vejamos os conselhos do Senhor, conforme a Bíblia:

“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14);

“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz… E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” (Efésios 5:8,11);

“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” (Colossenses 1:13);

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2:9);

“Não imitem os costumes dos povos que eu vou expulsar dali, conforme vocês forem tomando posse da terra. Eu fiquei aborrecido com eles por causa das coisas imorais que faziam.” (Levítico 20:23).

Não se deixe levar por vãs filosofias e toda sorte de doutrinas; seja fiel, santo, puro e cheio do Espírito Santo. Assim, de sua vida fluirá um rio de água viva!

Pr. Elias Rios