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LASCÍVIA: OBRA DA CARNE

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Reflexões sobre o cotidiano do servo, abordando os desafios dos últimos tempos e oferecendo orientações para resistir às artimanhas do inimigo e fortalecer a fé. 

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Ora, as obras da carne são conhecidas e incluem: … lascívia… (Gl 5:19)
Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: … paixão lasciva… (Cl 3:5)

A lascívia é um pecado que geralmente passa despercebido na igreja, embora seja listada como um dos frutos da carne em Gálatas e, na Epístola aos Colossenses, seja descrita como comum à natureza humana. Mas o que significa isso? Na prática, onde encontramos a lascívia na igreja? É comum entre os crentes?

Primeiro, vamos à definição, segundo o Dicionário Aurélio:

Lascívia: sensualidade; lúbrica; desregrada (devasso, libertino); libidinagem (relativo ao prazer sexual ou que o sugere; voluptuoso, que procura constantemente e sem pudor satisfações sexuais); luxúria.

Nos dias atuais, o pecado da lascívia tem entrado na vida dos crentes de forma muito natural, devido à velha natureza pecaminosa que insiste em sobreviver (“Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza.” Rm 8.5). Espaços são abertos e, sem a devida vigilância, o diabo, em sua grande astúcia, desperta nos corações desejos contrários aos princípios determinados por Deus para Seu povo. Nasce, então, no íntimo, a vontade de agir e se mostrar à semelhança do mundo.

A lascívia:

Na Igreja:
Infelizmente, é comum vermos em algumas igrejas a manifestação desse pecado sem muitas reservas. A lascívia se apresenta nas pessoas que, levadas por diversos sentimentos, se deixam moldar pelos costumes comuns aos ímpios, lançando mão de roupas inadequadas aos servos do Eterno. É a moda que obriga as mulheres a usarem saias curtíssimas, calças justíssimas, vestidos curtos e decotes que expõem os seios e costas. É a sensualidade manifestando-se com grande intensidade (“Portanto, usem o seu corpo para a glória dEle.” 1Co 6.20).
Qual o objetivo de estar na moda e usar roupas que não condizem com os ensinamentos do Senhor Deus? Com certeza, despertar no próximo uma série de sentimentos “carnais”, perturbando-o, chamando para si as atenções e fazendo renascer nos corações a velha natureza. O exemplo de Paulo deve ser observado quando ele afirma: “Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo.” (Gl 6.14)

No Trabalho:
Se o temor a Deus não foi suficiente para coibir o uso de vestimentas inadequadas na igreja, com certeza, no dia a dia, nas ruas, no trabalho e nas obrigações sociais, a situação torna-se mais grave. Geralmente, é preciso apresentar-se bem e, quando o Espírito Santo não está no controle (“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês.” Rm 12.2), a carne manifesta-se com toda a sua força. Entra em cena todo um conjunto de roupas e ações sensuais; algumas pessoas sentem satisfação em despertar no próximo a cobiça e sentimentos baixos, alegrando-se com “cantadas” e insinuações maliciosas feitas por colegas. Assemelham-se aos ímpios, impossibilitando a visualização do senhorio de Jesus Cristo em suas vidas (“Mas tenham as qualidades que o Senhor Jesus Cristo tem e não procurem satisfazer os maus desejos da natureza humana de vocês.” Rm 13.14).

No Lar:
A lascívia também encontra espaço nos lares, na intimidade dos casais que, levados por desejos incomuns aos servos do Senhor, procuram fazer uso de diversas práticas mundanas que, por sua natureza imunda, afastam o Espírito Santo de suas vidas (“Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês.” Ef 5.3; “Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus.” 1Ts 4.4,5). É inconcebível que nosso agir apague o Espírito de Deus em nossa vida; no entanto, entre “quatro paredes”, muitos têm feito uso de fetiches, como filmes pornôs, revistas de sexo, novelas eróticas e objetos, com o objetivo de despertar e satisfazer o desejo sexual de forma antinatural.

O que fazer então?

Amados, somos chamados pelo Senhor para sermos Seus seguidores (“Porque nenhum de nós vive para si mesmo.” Rm 14.7), propriedade exclusiva do Pai (“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.” 1Pe 2:9). Esta condição de vida não nos permite dar lugar aos costumes comuns àqueles que desconhecem os princípios e não obedecem aos preceitos do Senhor (“Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza.” Rm 8.5).
Nossas vestimentas, assim como todo o nosso agir, devem ser equilibrados e santos (“Vocês são filhos queridos de Deus e, por isso, devem ser como Ele.” Ef 5.1). Não é aconselhável que a mulher se mostre em excesso; no entanto, o uso de roupas extremamente longas pode gerar no próximo uma rejeição à obra de Deus. Portanto, é preciso usar o bom senso e, guiados pelo Espírito de Deus, vestir-se de forma adequada e santa. É fundamental que olhem para sua vida e não vejam uma mulher ou homem sensual, mas que enxerguem a imagem do Senhor Jesus Cristo (“Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.” Gl 2.20).

Lembre-se disso: que vejam Cristo em nossa vida diariamente.

Quanto às práticas íntimas, quando há verdadeiro amor dado por Deus entre os casais, o desejo mútuo é normal, dispensando o uso de instrumentos pecaminosos e vergonhosos.

“Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo.” (1Pe 1:15)
Assim deve ser o proceder dos verdadeiros servos de Deus: santos em seu agir, em suas conversas, em suas amizades, no trabalho, ao se vestirem, na intimidade sexual, no namoro e em todos os aspectos da vida. Quando nos portamos assim, louvamos a Deus e O adoramos por meio de nossos atos (“Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês.” 1Co 3.16). Que o controle do Espírito Santo de Deus esteja sobre a carne (“Vocês, porém, não vivem como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a Ele.” Rm 8.9).

Sejam santos em vosso proceder.

Pr. Elias Rios