A Sutilidade dos Enganos Espirituais
Os espíritos de engano costumam se manifestar de maneira sutil e aparentemente inofensiva. Um exemplo disso é a história de um homem que encontrou um ovo na rua, levando-o para casa na esperança de que fosse de um belo pássaro. Ao incubá-lo, quando o filhote nasceu, ele se deu conta de que se tratava de uma serpente venenosa. Em vez de destruí-la, ele se deixou cativar pela beleza do animal, acabando por conviver com a peçonha até ser dominado por ela e sucumbir ao seu veneno.
Esse cenário espelha a ascensão da bruxaria no mundo contemporâneo. Há trinta anos, uma simpática feiticeira loura encantou as telinhas das emissoras de televisão. No seriado “A Feiticeira”, a personagem, longe dos estereótipos tradicionais de bruxas, era inteligente e bela, capaz de transformar rivais em rãs com um simples movimento do nariz. Quem poderia imaginar que alguém tão inofensivo poderia representar o mal?
Nas últimas décadas, uma avalanche de desenhos animados, a maioria produzidos pelos estúdios da Disney, trouxe à tona novas bruxas e feiticeiros. Os reinos encantados e os espelhos mágicos promoviam a ideia de que a beleza era um bem desejável, mesmo que seu alcance dependesse da bruxaria e do encantamento de princesas adormecidas. A televisão, nesse contexto, transformou não apenas o mundo, mas também as crianças, tornando-as reféns de imagens e sons, enquanto o universo das fábulas ressurgiu.
Educadores começaram a se preocupar. Que futuro aguardava as crianças, hipnotizadas pela televisão, e cujos pais também estavam aprisionados por esse mesmo encanto?
A solução surgiu de forma igualmente sutil, apresentada, ironicamente, como um “anjo caído”: os livros. Não era esse o desejo da humanidade? Desviar as crianças da TV e reintroduzi-las ao maior ícone cultural da civilização?
Entretanto, as prioridades foram distorcidas. As crianças eram encorajadas a ler, independentemente do conteúdo. Se esses livros continham versos que convidavam à entrega da alma ao Dragão, a antiga serpente que é Satanás, isso parecia não importar. O que era essencial era o retorno à leitura.
A geração atual de pais, como se ainda estivesse em transe, não se opôs à entrada de um manual de bruxaria disfarçado, com um acabamento luxuoso e um título aparentemente inocente: “Harry Potter”. Travestido de livro, a série serve como um curso de iniciação nas profundezas de Satanás.
Como se costuma dizer, o diabo é astuto, não burro. Ele não se apresentaria exalando enxofre e chifres visíveis — se é que os tem. O raciocínio demoníaco é astuto. Afinal, quem em sã consciência impediria crianças de acessarem uma fonte de conhecimento essencial como a leitura? A série Harry Potter, ao promover o interesse pela literatura, fez o que parecia impossível: afastou as crianças da televisão.
Mas, que tipo de literatura estavam consumindo? Assim como o que viam na televisão, os filhos de crentes ficavam trancados em seus quartos, mergulhados em conteúdos que poderiam ser prejudiciais, sem que seus pais percebesse a gravidade da situação.
Da Teoria à Prática
Entre um “plim plim” e outro, as crianças absorviam conteúdos de violência, crueldade e vingança. A passividade diante da TV havia dado lugar à prática ativa de feitiçaria, vingança e renúncia a Jesus. Agora, eram capazes de amaldiçoar, realizar rituais e invocar poderes demoníacos. A mudança de passividade para atividade foi celebrada por educadores como uma vitória, mas o que realmente estava acontecendo?
Os livros de bruxaria, aplaudidos por muitos, trouxeram um aumento alarmante no número de adeptos do satanismo. Desde o lançamento do primeiro volume da série Harry Potter, o número de pessoas envolvidas com seitas satânicas cresceu exponencialmente nos EUA. O que antes era um pequeno grupo de 100 mil adeptos, agora se elevou a impressionantes 14 milhões, abrangendo crianças e jovens.
As aventuras de Harry Potter, vendidas em 42 países e traduzidas para 35 idiomas, tornaram-se uma das séries mais populares da história. No entanto, enquanto crianças se afastavam das telas, o que estava realmente acontecendo? Trocar a televisão pela leitura de histórias que glorificam a feitiçaria é, na essência, uma troca de um mal por outro.
Educação e a Realidade
As escolas, em algumas regiões, adotaram os livros da série como parte do currículo escolar, embora houvesse resistência de pais que viam a glorificação da bruxaria como um problema. Mesmo assim, o conselho escolar decidiu pela permissão da leitura.
Os personagens de Harry Potter, incluindo seus professores de feitiçaria e defensores das artes das trevas, ensinam lições que vão além da simples ficção. O material didático da escola de bruxos inclui títulos que incentivam a exploração de poderes ocultos, como “Como dominar um espírito agourento” e “Passeios com lobisomens”.
Adolescentes, excluídos de cultos satânicos, têm criado suas próprias instituições, onde a renúncia a Deus é um pré-requisito para a adesão. A juventude, seduzida pela promessa de poder e pertencimento, está se afastando da verdade.
Harry Potter, uma criança de 13 anos, bláfema contra Deus e promove a feitiçaria como uma forma de se vingar. O livro fornece exemplos de como realizar rituais e invocar demônios, culminando na invocação de Cerberus, o demônio de três cabeças, habitante do inferno.
Um Aviso Necessário
Queridos irmãos,
Estou ciente de que muitos que lerão este artigo, crianças, jovens e adultos, podem considerar isso um exagero. As frases clássicas do engano continuam a ecoar: “Não é bem assim!”, “Tudo isto é exagero!”, “É coisa de crentes exagerados!”. Porém, enquanto isso, continuam a permitir que produtos malditos como Harry Potter entrem em suas casas, comprando livros, assistindo a filmes e consumindo uma vasta gama de mercadorias associadas.
O mandamento do Senhor é claro: “Vigiai…” Se, por descuido, produtos malditos entraram em seu lar, ainda há tempo de fazer uma limpeza espiritual. Recolha todos os itens que carregam conotações espirituais — livros, filmes, brinquedos — e se livre deles. Feche as portas abertas ao maligno e consagre sua vida, sua casa e seus filhos a Deus.
É essencial que os pais expliquem aos filhos sobre os perigos do diabo e a natureza das coisas que não podem ser consagradas, mesmo que estejam em alta no mundo.
Lembremo-nos de que somos separados para a honra e glória do Senhor Deus!
Pr Elias Rios