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BARALHO E A FÉ CRISTÃ

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Reflexões sobre o cotidiano do servo, abordando os desafios dos últimos tempos e oferecendo orientações para resistir às artimanhas do inimigo e fortalecer a fé. 

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A Bíblia satânica
Sorte e Superstições: Obras da Carne

O baralho, com suas múltiplas aplicações, exige um exame atento à luz da Bíblia. Embora seja amplamente utilizado para entretenimento, ele possui raízes e associações que desafiam os valores cristãos. Neste aprofundamento, exploraremos não apenas os aspectos históricos e espirituais do baralho, mas também como a escolha do cristão reflete sua identidade e compromisso com Deus.

A História do Baralho e Suas Ligações Culturais

Historicamente, o baralho reflete os valores das culturas em que se desenvolveu. Na China antiga, ele era usado como uma forma de distração social entre as elites. Quando chegou à Europa no século XIV, sua função foi transformada, associando-se rapidamente a jogos de azar e ao esoterismo.

Na Idade Média, os símbolos das cartas começaram a ganhar significados ocultistas. O “valete”, a “rainha” e o “rei” foram associados a figuras históricas, mitológicas ou espirituais, muitas vezes vinculadas à astrologia e à adivinhação. Mais tarde, o tarô surgiu como um baralho especial usado exclusivamente para práticas esotéricas, como leitura do futuro e interpretação espiritual.

As Escrituras alertam contra a absorção de práticas culturais que contradizem os princípios de Deus. Em Romanos 12:2, Paulo exorta:

“E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Mesmo que muitos utilizem o baralho de forma aparentemente inocente, é necessário reconhecer que ele carrega significados simbólicos e históricos que são contrários aos valores do Reino de Deus.

O Testemunho do Servo de Deus

Um aspecto crucial para o cristão é seu testemunho perante o mundo. Em Mateus 5:14-16, Jesus afirma:

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, quando se acende uma lamparina, não se coloca debaixo de um cesto, mas num lugar apropriado, onde ilumina todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos céus.”

Participar de jogos de baralho em ambientes associados a apostas, práticas esotéricas ou má companhia pode manchar o testemunho do cristão. Não apenas isso, mas tais contextos podem dar brechas espirituais para influências negativas.

Mesmo que a intenção seja meramente recreativa, é necessário considerar como nossas ações são vistas pelos outros. Paulo reforça essa ideia em 1 Coríntios 8:9:

“Tenham cuidado para que a liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos.”

O cristão deve ser um exemplo em todas as áreas, escolhendo atividades que reflitam os valores do Reino e glorifiquem a Deus.

Os Riscos Espirituais das Brechas e das Associações

O baralho, pela sua ligação com o ocultismo e o jogo de azar, carrega simbolismos espirituais que podem criar brechas para a ação do inimigo na vida do cristão. Brechas espirituais são portas que, conscientemente ou não, permitem que forças contrárias a Deus influenciem pensamentos, emoções e comportamentos.

Em Efésios 4:27, Paulo adverte:

“E não deem lugar ao diabo.”

Mesmo que o baralho pareça ser um objeto inofensivo, sua história e seu uso comum em contextos moral e espiritualmente comprometidos exigem cautela. A Bíblia nos chama a rejeitar tudo o que possa nos afastar de Deus ou abrir espaço para influências negativas.

Além disso, 1 Tessalonicenses 5:21-22 declara:

“Mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal.”

Afastar-se de práticas e objetos que possam comprometer a caminhada cristã é uma forma de demonstrar zelo pela santidade e obediência à Palavra.

A Santidade no Cotidiano: Uma Decisão Deliberada

A vida cristã é um chamado à santidade, que não se limita apenas aos cultos ou momentos de oração, mas se estende a cada aspecto da vida. A maneira como escolhemos nos divertir ou passar o tempo reflete diretamente nosso compromisso com Deus.

Em 1 Coríntios 10:23, Paulo escreve:

“Tudo é permitido, mas nem tudo convém. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.”

A santidade não é apenas sobre evitar o pecado; é também sobre evitar o que não edifica, o que não contribui para o crescimento espiritual e para a glória de Deus. O cristão deve estar atento a tudo o que consome e participa, reconhecendo que sua vida é um reflexo da graça de Deus para o mundo.

Além disso, devemos considerar o impacto de nossas escolhas sobre nossa própria mente e coração. Em Filipenses 4:8, Paulo nos orienta a focar naquilo que é bom:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.”

Escolher atividades que reforcem esses valores é uma maneira prática de viver a santidade no cotidiano.

As Decisões de um Discípulo de Cristo

Ser discípulo de Cristo envolve decisões conscientes e contraculturais. Enquanto o mundo frequentemente trata o entretenimento como algo neutro ou irrelevante, o cristão deve discernir o impacto de cada escolha em sua vida espiritual e no testemunho que oferece.

Jesus, em Mateus 7:13-14, fala sobre a dificuldade de seguir o caminho estreito:

“Entrem pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela. Porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e são poucos os que a encontram.”

Rejeitar práticas populares como o uso do baralho pode parecer uma decisão radical, mas é um reflexo do compromisso de viver para a glória de Deus.

Conclusão: Um Chamado à Fidelidade Completa

O uso do baralho, seja em jogos recreativos ou contextos mais comprometidos, apresenta sérios riscos espirituais, morais e testemunhais para o servo de Deus. Não se trata apenas de uma questão de entretenimento, mas de uma escolha que reflete nossa identidade como povo santo e separado.

A vida cristã é um chamado à fidelidade completa, e isso inclui a rejeição de práticas e objetos que possam comprometer nossa relação com Deus ou nossa influência no mundo. Que cada cristão escolha glorificar a Deus em todas as coisas, rejeitando aquilo que não edifica e abraçando a santidade como um estilo de vida.

Como diz o salmista em Salmos 101:3:

“Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; odeio o proceder dos que se desviam; isso não se apegará a mim.”

Que essa seja a oração e a atitude de cada servo de Deus, comprometendo-se a viver uma vida que reflita a luz e a verdade do Evangelho.