“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto…” (Êxodo 20:4-5).
A idolatria começou a ser praticada em um período muito remoto da história humana. Os antecessores imediatos de Abraão adoravam deuses estranhos junto com Jeová (Josué 24:2), através de ídolos. Labão, por exemplo, possuía imagens que Raquel furtou e escondeu (Gênesis 31:30-35). Os egípcios também fabricavam imagens de deuses para serem adoradas, e, nos locais mais sagrados de seus templos, colocavam o símbolo de um deus e um animal sagrado. Os cananeus adoravam ídolos, que os israelitas, por ordem de Deus, deveriam destruir ao conquistar a terra (Êxodo 23:24; 34:13; Levítico 19:4; Números 33:52; Deuteronômio 7:5; 29:17). O segundo mandamento da Lei condena firmemente a idolatria (Êxodo 20:4-5; Deuteronômio 5:8-9), proibindo a criação e a adoração de imagens, esculturas, estátuas e pinturas. Os mestres de Israel, ao obedecer a esse mandamento, mostravam ao povo a futilidade dos ídolos (Salmo 115; Isaías 2:8,18,20,21; 40:19,20; 44:9-20; Jeremias 10:3-5).
A impotência dos ídolos ficou evidente quando a Arca do Senhor esteve no templo de Dagom (1 Samuel 5:3-5). Das nações com as quais os israelitas tiveram contato nos tempos bíblicos, apenas os persas não adoravam ídolos. Quando os israelitas começaram a imitar as práticas idólatras das nações vizinhas, inicialmente tentaram adorar a Deus por meio de figuras. Com o tempo, desviaram-se completamente e passaram a representar outras divindades. No Novo Testamento, os membros da Igreja, vivendo em contato com o paganismo, precisavam evitar compromissos com a idolatria. O Concílio de Jerusalém determinou que os crentes deveriam abster-se de carne sacrificada aos ídolos (Atos 15:29). Paulo reforça essa orientação, explicando que a abstinência visava evitar escândalo para os irmãos mais fracos na fé (1 Coríntios 8:4-13). Se o cristão fosse convidado para um banquete e soubesse que a carne havia sido sacrificada a ídolos, deveria abster-se de comê-la, conforme Paulo instrui também sobre as carnes vendidas no mercado (1 Coríntios 10:18-33).
Por volta do ano 300 d.C., imagens começaram a ser introduzidas em algumas igrejas cristãs apenas como decoração e meio de instrução. Em 736, o imperador do Oriente, Leão, publicou um decreto condenando essa prática. No entanto, em 780, a imperatriz Irene introduziu a adoração de imagens na igreja oriental, sendo essa prática sancionada pelo Segundo Concílio de Niceia, em 787. A adoração de imagens tornou-se comum na igreja cristã.
Ídolo: É qualquer imagem ou representação destinada à adoração como deus, feita de materiais como prata, ouro ou outros.
Imagem: Representações esculpidas em madeira, pedra ou metal.
A idolatria é comum em vertentes do cristianismo não evangélico, que, contrariando os princípios bíblicos, veneram seres celestiais e figuras humanas consideradas capazes de interceder junto a Deus. Geralmente, essas figuras são representadas por esculturas, fotografias e imagens de diversos tipos.
O Senhor nos ensina que não é aconselhável aos servos confeccionarem ou possuírem imagens, pois tê-las em casa pode abrir caminho para a interferência do inimigo, trazendo dificuldades em várias áreas da vida.
Leia com atenção Êxodo 20:4-5:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto…”
A primeira ordem expressa é:
“Não farás para ti imagem de escultura…” É proibida a confecção de qualquer tipo de imagem representando homens, animais, plantas e seres espirituais.
A segunda:
“Não as adorarás, nem lhes darás culto…” (Levítico 26:1). Deus veda toda e qualquer forma de adoração e veneração a tais objetos.
Os evangélicos desobedecem a esse mandamento? Sim! A primeira ordem do Senhor é abrangente e não está restrita a grupos religiosos específicos. Ele deseja que Sua criação não seja imitada e que a honra a Ele devida não seja desviada. Felizmente, a segunda ordem é, em geral, observada: os evangélicos dirigem sua adoração diretamente a Deus.
Ainda assim, é comum encontrar nos lares evangélicos objetos que contrariam a primeira ordem de Deus, como:
– Flores e frutas artificiais (plástico, papel, pano, louça, etc.) – Representações de animais (louça, plástico, metal, pelúcia, etc.) – Anjos (esculturas, desenhos, etc.) – Bonecas e bonecos, estatuetas de pessoas – Figuras humanizadas de elementos naturais (sol, animais, plantas, etc.)
O inimigo age furtivamente através de objetos como esses, desviando a glória do Senhor. Um apego excessivo a esses objetos não é saudável. Se ainda não compreende plenamente essa verdade, busque orientação do Senhor para que Ele confirme Sua vontade em seu coração. Nos últimos anos, o Senhor tem restaurado vidas e levantado profetas cheios do Espírito Santo, homens corajosos que revelam Sua vontade a corações sensíveis, ansiosos por uma vida santa e reta. É tempo de buscar comunhão íntima com o Pai e ouvir Sua voz.
Quanto aos objetos mencionados, a orientação do Senhor é que sejam removidos dos lares, fechando possíveis canais de acesso ao inimigo:
“…destruireis todas as suas pedras com figuras, e também todas as suas imagens fundidas…” (Números 33:52).
A santidade é uma qualidade exigida por Deus na vida de Seus servos, sem a qual não podemos agradá-Lo. Os frutos da santidade são aqueles produzidos pelo Espírito Santo (Gálatas 5:22-24). Que frutos você tem produzido em sua vida?
Na ausência de santidade, a carne reina, e a Palavra do Senhor acaba restrita a um pequeno grupo de líderes, que a interpretam segundo suas próprias conclusões. As verdades reveladas por outras fontes são, muitas vezes, desconsideradas ou vistas como sem credibilidade.
O diabo age de muitas maneiras – às vezes de forma aberta, outras vezes com astúcia e sutileza. Medite neste texto:
“porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mateus 24:24).
Amém.
Pr. Elias R