“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se entregam à prostituição e aos adúlteros, Deus os julgará.” Hebreus 13:4

Nos dias de hoje, há uma evidente falta de respeito pelas coisas criadas por Deus. O plano de Satanás é destruir, ponto por ponto, tudo o que Deus fez.

Deus criou a Terra, mas o homem tem contribuído para a sua destruição. No fim dos tempos, Jesus destruirá os que destroem a Terra (Apocalipse 11:18).

Deus criou as nações, e Satanás as engana (Apocalipse 12:9; 20:8).

Deus criou a Igreja, e Satanás procura destruí-la.

Deus também criou a família, e Satanás se empenha em destruí-la, atacando o casamento e levando o mundo a pensar que ele é obsoleto, algo do passado. No entanto, a Bíblia declara que o matrimônio deve ser reverenciado. A destruição da família impacta gravemente a sociedade e a Igreja, pois a família é a base da sociedade e ela começa com o matrimônio. Assim sempre foi.

AS INSTITUIÇÕES CRIADAS POR DEUS

Há três instituições na Terra estabelecidas por Deus: a família, a nação e a igreja. Como membros da Igreja, devemos servir a Deus, que é o corpo de Cristo. Devemos também obedecer às leis da nação. Em Romanos 13, é ensinado que as autoridades civis são “ministros” de Deus, pois as nações pertencem a Ele (Daniel 4:17). Também devemos cuidar da família de acordo com os princípios bíblicos. A família é a instituição mais antiga na Terra, estabelecida pelo próprio Deus.

JESUS DISSE QUE O MATRIMÔNIO É DE DEUS

Jesus confirmou esse princípio ao dizer: “Desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Portanto, o que Deus uniu não o separe o homem” (Marcos 10:6-9). Jesus validou o casamento entre Adão e Eva como um casamento de origem divina, o único exemplo citado por Ele sobre casamento. Não havia ali uma instituição religiosa ou civil, mas uma autoridade suprema: Deus. A união se realizava na presença das autoridades da época ou com a aprovação das famílias envolvidas.

Jesus expressou Sua aprovação a essa forma de casamento ao comparecer às bodas de Caná, junto de Sua mãe e discípulos (João 2:1-2). A Igreja não realiza o casamento, mas pode ser testemunha e abençoar a união, desde que seja feita em conformidade com a autoridade civil. Se houver relações sexuais antes do casamento ou o casamento não for legalmente registrado, a Igreja não pode aprovar. Como Jesus aprovou o casamento, a Igreja também o faz.

A POLIGAMIA CONDENADA

Deus não instituiu nem aprovou a poligamia; Ele criou uma única mulher para o homem. Se a poligamia fosse aprovada, Ele teria criado mais mulheres para Adão, o que não fez. Jesus mencionou apenas o primeiro casamento para ensinar sobre o matrimônio e o divórcio, reafirmando que a união deve permanecer intacta, pois foi Deus quem a estabeleceu. A presença de uma terceira pessoa quebraria essa unidade.

Embora certas práticas tenham sido toleradas nos tempos de ignorância, como explica Atos 17:30, Deus não as aprovou. Alguns tentam justificar a poligamia citando casos do Antigo Testamento, mas esquecem de passagens como Deuteronômio 17:17, onde Deus ordena que Israel e seu rei não multipliquem esposas. Salomão pecou ao multiplicar esposas, e suas mulheres estrangeiras o desviaram. A poligamia vai contra o ensino de Efésios 5:22-33, que compara o matrimônio à união entre Cristo e Sua Igreja — uma união exclusiva. A Igreja, portanto, não deve apoiar a poligamia, que é característica de culturas onde o Evangelho ainda não transformou a sociedade.

A UNIÃO SEXUAL NÃO É CASAMENTO

Importante lembrar que Eva já era considerada mulher de Adão antes da união sexual. Em Gênesis 2:24, lemos que Adão uniu-se a sua mulher. O casamento ocorreu quando Deus fez Eva e a deu a Adão. O ato sexual é uma expressão do casamento, mas não o define. Em Gênesis 29, vemos que Jacó e Labão fizeram um contrato para o casamento de Jacó com Raquel. Labão enganou Jacó, dando-lhe Léia em lugar de Raquel, e mais tarde, Jacó recebeu Raquel como esposa. Este exemplo demonstra que o casamento no Antigo Testamento envolvia um compromisso social, não apenas o ato sexual.

CASAMENTO É UMA NOVA FAMÍLIA

Em Gênesis 2:24 e Mateus 19:5, aprendemos que o casamento cria uma nova entidade, uma nova família, onde o homem deixa sua família de origem para unir-se a sua mulher. O casamento estabelece uma responsabilidade mútua e a necessidade de fidelidade. Em I Pedro 3:7 e Efésios 5:22-33, é enfatizado o amor e respeito mútuo no casamento, refletindo o amor de Cristo pela Igreja.

CASAMENTO É PERMANENTE E EXIGE FIDELIDADE

Em toda a Bíblia, o casamento é ensinado como uma união duradoura. Deus disse em Gênesis 2:23-24 que “os dois serão uma só carne,” e Jesus reforça essa permanência em Mateus 19:3-9 e Marcos 10:2-12. O matrimônio deve ser mantido até a morte de um dos cônjuges, e a infidelidade quebra essa aliança sagrada, caracterizando adultério. Assim como Paulo ensina em Romanos 7:1-4, a pessoa está livre para casar novamente apenas após a morte do cônjuge.

Por essas razões, é evidente que o casamento é uma instituição sagrada, um compromisso de fidelidade e amor contínuos, que reflete o vínculo entre Cristo e a Igreja.