Atos & Romanos

Atos & Romanos

 

Atos (At)
Autor:
Historicamente Lucas
Data: Cerca de 62 dC

Autor
O livro de At não menciona especificamente seu autor, mas muitos apontam para Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14). O autor é o mesmo que escreveu o Evangelho de Lucas.

Data
Lucas conta a história da igreja antiga dentro da estrutura de detalhes geográficos, políticos e históricos que podiam encaixar-se apenas no séc. I, portanto , por causa desses fatos e porque o livro não registra a morte de Paulo, apesar de deixá-lo prisioneiro em Roma, pode-se datar a redação de At como próxima à prisão do apóstolo naquela cidade por volta de 62 dC.

Conteúdo
Atos é uma seqüência da vida de Cristo nos Evangelhos, registrando a disseminação da cristandade de Jerusalém a Roma. É a iniciação da Grande Comissão de Jesus pra formar discípulos de todas as nações (Mt 28.18-20; Lc 24.46-49)
At 1.8 é a chave do livro. Esse versículo prediz o derramamento do ES e seu poderoso testemunho., Em geral, At relaciona a expansão da cristandade passo a passo para o oeste, desde a Palestina até a Itália. O livro portanto, começa em Jerusalém (caps 1-7) Como Pedro assumindo o papel principal e os judeus como receptores do evangelho.
Depois da morte de Estevão (7.60-8.1), a perseguição espalhou-se conta a igreja, e os crentes se dispersaram (Caps. 8-12). Durante esse período da história, ocorreu a conversão de Saulo (cap 9), um acontecimento de tamanha importância que Lucas inclui três longas descrições sobre o incidente (caps 9; 22; 26)
A maior seção de Atos enfoca o desenvolvimento e expansão do ministério gentio comandado por Paulo e seus colaboradores (13.28). O livro termina abrupta, pois tudo indicava que Lucas tinha atualizado o assunto, e não havia mais o que escrever.

Cristo Revelado
Atos registrou vários exemplos da proclamação apostólica do evangelho de Jesus Cristo, e o modelo é uniforme. Em primeiro lugar, Jesus é apresentado como uma figura histórica (2.22; 10.38). Em seguida a morte de Jesus é atribuída igualmente à crueldade do home e ao objetivo de Deus. Por outro lado, os judeus o haviam “crucificado” por “mãos de injustos” (2.23). Por outro lado, Jesus tinha sido “entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus” (2.23; 17.3). Então a ressurreição de Jesus é enfatizada, especialmente como cumprimento da profecia do AT e como revogação de Deus do veredicto do homem sobre Jesus (1.3; 2.24-32; 4.10; 5.30; 10.40-41; 13.30-37; 17.31). Os apóstolos declaram que Jesus fora exaltado a uma posição de domínio único e universal (2.33-36; 3.21; 5.31). Desse lugar de honra suprema e poder executivo, Jesus havia derramado o prometido Espírito Santo (2.33), que dá testemunho dele (5.32) e habilita os crentes (1.8). Jesus “por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos” (10.42) e retornará triunfante no final dos tempos (1.11). Enquanto isso, aqueles que acreditam nele receberão perdão dos pecados (2.21; 3.19; 4.12; 5.31; 10.43; 13.38,39) e o “dom do ES” (2.38). Àqueles que não acreditam nele serão destinadas coisas terríveis (3.23).

O Espírito Santo em Ação
O poder do ES através da igreja é característica mais surpreendente de Atos. O livro foi até mesmo chamado de Os Atos do Espírito Santo . A sua obra no livro, entretanto, não pode ser compreendida sem que se veja a relação entre Atos e os Evangelhos, que demonstra um continuidade essencial. Tanto o ministério público de Jesus nos Evangelhos quanto o ministério público da igreja em Atos começaram com um encontro com mo Espírito capaz de mudar vidas; em ambos os relatos essenciais os resultados desse acontecimento.
O poder do Espírito na vida de Jesus o autorizou a pregar o Reino de Deus e a demonstrar o poder do Reino mediante a cura de doente, a expulsão de demônios e a libertação dos cativos (Lc 4.14-19 M7 4.23). O mesmo poder em At 2 deu a mesma autoridade aos discípulos.
Lucas observa que as pessoas eram “cheias pelo ES” (2.4; 9.17), que “recebiam o ES” (8.17), que “caiu o ES sobre todos”(10.44), que “o ES se derramasse sobre também os gentios” (10.45) e que “veio sobre eles o ES” (19.6) Todas essas passagens são equivalentes à promessa de Jesus de que a Igreja seria “batizada com o ES” (1.5; 2.4).
Três destes cinco exemplos registram manifestações específicas do ÉS em que as próprias pessoas participavam. Os presente nos dia de Pentecostes e os gentios da casa de Cornélio falara outras línguas (2.4; 10.46); os efésios “falavam línguas e profetizavam” (19.6). Embora não esteja especificado, normalmente concorda-se que também houve algum tipo de manifestação na qual os samaritanos participaram, pois Lucas diz que Simão viu que “era dado o ES” (8.18).

Esboço de Atos

Prólogo 1.1-14
I. Prefácio 1.1-3
II. A promessa do ES 1.4-8
III. A ascensão de Cristo 1.9-11
IV. O encontro pra a oração no cenáculo 1.12-14

Primeira Parte: Pedro e o ministério da Igreja Judaica em Jerusalém 1.15-12.24
I. A seleção de Matias como o décimo segundo apóstolo 1.15-26
II. A descida do ES no Pentecostes 2.1-47
III. A cura de um coxo 3.1-4.31
IV. Autoridade apostólica na igreja antiga 4.32-5.42
V. O ministério de Estevão 6.1-7.60
VI. O primeiro ministério a não Judeus 8.1-40
VII. A conversão de Saulo 9.1-31
VIII. Enéias e Dorcas curados através do ministério de Pedro 9.32-43
IX. A história de Cornélio 10.1-11.18
X. O testemunho da igreja antiga 11.19-12.24

Segunda Parte: Paulo e a extensão internacional da igreja em Antioquia 12.25-28.31
I. A primeira viagem missionária de Paulo 12.25-14.28
II. O concerto em Jerusalém para discutir lei e graça 15.1-35
III. A segunda viagem missionária de Paulo 15.36-18.22
IV. A terceira viagem missionária de Paulo 18.23-21.14
V. A viagem de Paulo a Roma através de Jerusalém 21.15-28.31

Fonte: Bíblia Plenitude


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Romanos (Rm)
Autor:
Paulo
Data: 56 dC

Contexto Histórico
Quando Paulo escreveu Rm, por volta de 56 dC, ele ainda não tinha estado em Roma, mas vinha pregando o evangelho desde sua conversão em 35 dC. Durante os dez anos anteriores, ele tinha fundado igreja através de todo o mundo mediterrâneo. Agora, estava chegando ao fim de sua terceira viagem missionária. Esta epístola é, portanto , uma declaração madura de sua compreensão do evangelho. Em Roma, a igreja havia sido fundada por outros cristãos; e Paulo, através de suas viagens, conheceu muito a respeito dos crentes de lá (16.3-15).

Ocasião e Data
É mais provável que Paulo tenha escrito Rm enquanto estava em Corinto, em 56 dC, fazendo uma coleta para ajudar os cristãos necessitados de Jerusalém (15.25-28,31; 2Co 8-9). Ele planejou ir a Jerusalém com essa coleta, depois visitar a igreja em Roma (1.10-11; 15.22-24). Depois de ser revigorado e apoiado pelos cristãos de Roma, planejou viajar para a Espanha para pregar o evangelho (15.24). Ele escreveu para dizer aos romanos sobre sua visita iminente. A carta, provavelmente tenha sido entregue por Febe (16.1-2)

Conteúdo
O tema doutrinal global que Paulo procura demonstrar é que Deus é Justo. Apesar de tudo que aconteceu neste mundo– mesmo que todos os seres humanos sejam pecadores (1.18-3.20); mesmo que Deus não puna, mas perdoe os pecadores culpados (3.21-5.21); mesmo que os crentes possam não viver completamente de uma maneira coerente com a justiça de Deus (6.1-8.17); mesmo que os crentes sofram e a redenção final retarde (8.18-39); mesmo que os muitos judeus não creiam (9.1-11.36) – ainda assim Deus é perfeitamente Justo e nos perdoou através de sua graça. Devido a essa grande misericórdia de um Deus tão justo, devemos seguir um modelo de vida coerente com a própria justiça de Deus (12.1-16.27).

Cristo Revelado
Rm é a história do plano de redenção de Deus em Cristo: a necessidade dele (1.18-3.20), a descrição detalhada da obra de Cristo e sua implicações para os cristãos (3.21-11.36) e a aplicação do evangelho à vida cotidiana (12.1-16.27).

O Espírito Santo em Ação
O ES confere poder na pregação do evangelho e na realização de milagres (15.19), habita em todos que pertencem a Cristo (8.9-11) e nos dá vida (8.11). Ele também nos torna, progressivamente, mais santo na vida diária, nos dando poder para obedecermos a Deus e superarmos o pecado (2.29; 7.6; 8.2,13; 15.13,16), fornecendo-nos um modelo de santidade a seguir(8.4), nos guiando nele (8.14) e purificando nossa consciência para prestar testemunho verdadeiro (9.1). O ES derrama o amor de Deus em nosso coração (5.5; 15.30), junto com alegria, paz e esperança através de seu poder (14.17; 15.13). Ele nos permite orar adequadamente (8.26) e a chamar Deus de nosso Pai, concedendo desse modo, uma segurança espiritual interior de que somos filhos de Deus (8.16). Devemos centrar a nossa mente nas coisas do Espírito, se desejamos agradar a Deus (8.5,6). Embora Paulo descreva brevemente os dons espirituais em RM (12.3-8), ele não faz menção explicita do ES em conexão com esses dons, exceto para referir-se a eles como espirituais em 1.11. A obra atual do ES em nós é apenas um antegozo de sua futura obra celeste em nós (8.23)

Esboço de Romanos

Introcução 1.1-17

Identificação de Paulo 1.1-7
Desejo de Paulo de visitar Roma 1.8-15
Resumo do evangelho 1.18-3.20

I. Todos pecaram 1.18-3.20
II. Justificação apenas pela fé 3.21-5.21
III. Praticando Justiça na vida Cristã 6.1-8.39
IV. Deus e Israel 9.1-11.36
V. Aplicações práticas 12.1-15.13
VI. A própria situação de Paulo 15.14-33
VII. Recomendações pessoais 16.1-24
VIII. Bênção 16.25-27

A CARREIRA DO APOSTOLO PAULO (1.5)

Origem:
Tarso, na Cilicia (At 22.3)
Tribo de Benjamim (Fp 3.5)
Treinamento:
Aprendeu a arte de fazer tenda (At 18.3
Estudou com Gamaliel (At 22.3)
Religião anterior:
Hebreu e fariseu (Fp 3.5)
Perseguidor dos cristãos ( At 8.1-3; Fp 3.6)
Salvação:
Encontrou o Cristo ressuscitado no caminho para Damasco (At 9.1-8)
Recebeu o derramamento do ES na rua chamada direita (At 9.17-18; 22.12-16)
Chamado para Missões:
A igreja de Antioquia foi instruída pelo ES a enviar Paulo ao trabalho (At 13.1-3)
Levou o evangelho paras os gentios (Gl 2.7-10)
Papéis:
Falou em nome da Igreja de Antioquia no concílio de Jerusalém (At 15.1-4,12)
Opô-se a Pedro (Gl 2.11-21)
Discutiu com Barnabé por causa de João Marcos (At 15.36-41)
Realizações:
Três viagens missionárias prolongadas (At 13-20)
Fundou inúmera igrejas na Asia Menor, na Grécia e , possivelmente, na Espanha (Rm 15.24,28)
Escreveu cartas para inúmeras igrejas e vários indivíduos que agora compõe um quarto do NT.
Fim da vida:
Depois da prisão em Jerusalém, foi enviado para Roma (At 21.27; 28.16-31)
De acordo com a tradição cristã, foi libertado da prisão, o que lhe permitiu mais obras missionárias; aprisionado novamente, permaneceu preso mais uma vez em Roma e foi decapitado fora da cidade.

Fonte: Bíblia Plenitude
 

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